Ditadura Vs Democracia : Violação dos Direitos Constitucionais
: VIOLAÇÃO DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS
Adna Ribeiro
Anderson
Paiva
Jéssica Hora
Juliana
Queiroz
Misael Rocha
Noemy
Vitória
Nycolle
Kauane
Suzy Maria
RESUMO: Este artigo tem como
objetivo abordar o conceito de ditadura e democracia, conjuntamente, com os
seus tipos e modelos que estiveram e o que está em vigor no Brasil. Além de
enfatizar, principalmente, sobre o Golpe Militar de 64 e os impactos provocados
até os dias de hoje.
ABSTRACT: This article aims to address the concept of dictatorship and democracy,
together with their types and models that have been and what is in force in
Brazil. Besides emphasizing, mainly, on the Military Coup of 64 and the impacts
provoked until the present day.
PALAVRAS-CHAVES: Direitos, Governo, Poder,
Representatividade, Violação.
A democracia é um tipo de
regime político, no qual o povo elege seu representante através do voto, para
que o mesmo tome decisões que beneficiem o povo. Na democracia, existe a
separação dos três poderes e na mesma ocorre o cumprimento dos direitos
humanos, liberdade de expressão, religião, à proteção legal, a vida política,
econômica e cultural. Diferentemente da ditadura que é um regime político em
que não existe participação do povo, ou seja, é regido somente por uma pessoa
ou um grupo que tomam todas as decisões e não existe separação dos três
poderes.
Tipos de ditadura e
democracia
Ditadura [1]
Ditadura Monárquica é aquela
que é regida por um rei ou imperador e que se mantém no poder até sua morte e
após a mesma quem assume o poder é seu filho ou seu parente mais próximo, ou
seja, para chegar ao poder é de forma hereditária, o povo não escolhe o seu
rei. No regime monárquico quem comanda as leis e todos os poderes é o rei.
Ditadura fascista tem como
definição um regime político, que tem um representante do povo que é exercido
de forma autoritária pelo ditador. Na Ditadura fascista o conceito de raça e a
nação está sobre os direitos humanos.
Ditadura militar é o regime
em que o poder está na mão de um ou um grupo de militares, na maioria das vezes
eles chegam ao poder aplicando um golpe de Estado. Muitas vezes os ditadores
não respeitam os direitos humanos.
Ditadura do proletariado é
um conceito criado por Karl Marx, diz que o proletariado tem que deter o poder
político e extinguir as classes, derivando assim em uma sociedade comunista.
Democracia [2]
Democracia representativa é
aquela em que os cidadãos colocam seus representantes através do voto, fazendo
com que os mesmos tomem decisões para o melhor do país nas instituições
políticas.
Democracia direta é um dos
tipos de democracia em que a população participa diretamente das decisões do
seu país. É utilizado mais em nações pequenas. Um exemplo é Atenas, na Antiga
Grécia, onde a tomada de decisões na praça pública.
Democracia semidireta é
definida como aquela que tem tanto a democracia direta quanto a indireta, ou
seja, ambos podem ser praticados ao mesmo tempo. Na democracia semidireta os
representantes são o povo que elege e os mesmo podem opinar por meio de
manifestações, debates e audiências.
Democracia liberal é aquela
na qual o Estado não deve intervir na economia e nos direitos da cidadania.
No Brasil já teve dois tipos
de ditadura, a Ditadura Monárquica (durante o regime imperial) e a Ditadura
Militar (que iniciou em 1964 e terminou em 1985). A Coreia do Norte é um
exemplo de uma ditadura onde o representante político está no poder desde o fim
da Segunda Guerra Mundial, onde o posto foi passando de pai para filho. É um país
comunista, em que o mesmo não respeita os direitos humanos, priva de liberdade
e abusos.
A única que ocorre no Brasil
é a Democracia representativa, que por meio do voto o povo elege seu
representante político. No Brasil já ocorreu duas democratizações, uma em 1945
após o fim do Estado Novo e a outra no fim da Ditadura Militar, em 1985. Outro
grande exemplo é a dos Estados Unidos, que também é uma democracia
representativa.
Seus pontos críticos
Alguns
pontos que a ditadura mostra é o autoritarismo, onde o povo é controlado sem
haver a existência dos direitos humanos. Como alguns tipos de ditadura que
acontece a repressão, a falta da atuação do líder ou grupo, a precariedade na
vida social, a dureza excessiva, e entre outros. Tudo isso revela claramente
que a ditadura em si é ruim em todos os aspectos, assim, a democracia sempre
será a melhor opção para todos.
Ditadura e Democracia [3]
Na democracia, o povo exerce
o poder e cada cidadão pode expressar o seu ponto de vista. Porém na democracia
da Grécia Antiga, somente os homens com idade maior de 18 anos e tendo pai e
mãe ateniense poderiam votar. As mulheres, escravos e estrangeiros não tinha o
direito. Atualmente, a democracia é afirmada em uma ideologia política e
contemporânea onde a autoridade do povo se é concebida por meio dos
representadores escolhidos. As eleições e legislações são decididas pelo voto a
ponto de os políticos saberem a vontade e o interesse do povo. O voto é um
direito universal, todos os cidadãos maiores de idade têm esse direito sem que
haja separação de sexo, raça ou crença. Por isso, as escolhas decididas pela
maioria não podem confrontar os direitos necessários dos poucos.
O Golpe de 64
O Golpe de 64 ocorreu devido
a uma crise política que existia na época, onde João Goulart assumiu a
presidência em um período onde havia rivalidade entre a direita e a esquerda. O
governo de João Goulart estava promovendo um espaço para trabalhadores,
estudantes e organizações populares o que não agradava os militares, os
empresários nem as classes maiorais, gerando preocupações até mesmo no Estados
Unidos que fez aliança com os grupos conservadores do Brasil para evitar um golpe
comunista que Segundo a União Democrática Nacional era planejado por Jango
(presidente antes de renunciar para seu vice João Goulart).
No dia 13 de março de 1964
em um comício, João Goulart disse que iria promover mudanças na área da
educação, econômica e na estrutura agrária o que não agradou os conservadores
que realizaram no dia 19 de março um protesto contra as propostas de João
Goulart chamada de Marcha da Família com Deus pela Liberdade. As revoltas,
manifestações e crises aumentavam fazendo com que no dia 31 de março de 1964 as
tropas de São Paulo junto com Minas Gerais saíssem para as ruas para impedir
uma guerra civil, com todo esse caos, Jango vai para o Uruguai e os militares
tomam o poder, iniciando-se o golpe de 1964.
Golpe de Estado [4]
Em 9 de abril foi
determinado o Ato Institucional N° 1 (AI-1), onde cassaram os direitos
políticos dos opositores ao regime, suspenderam os direitos constitucionais de
todos os brasileiros e limitarem o poder do Congresso Nacional. Em 15 de abril
de 1964, a partir de uma eleição indireta, o Congresso escolheu como presidente
da República o Marechal Castello Branco. Assim, os militares deram início ao
controle social através da repreensão e do autoritarismo.
Castello Branco [5]
Humberto de Alencar Castello
Branco (1900-1967) foi o primeiro presidente do regime ditatorial. Ele assumiu
a presidência poucos dias após o Golpe, neste momento o Brasil já encontrava-se
sob os impactos do AI–1 que iniciaram a dar o formato desse governo repressor.
As perseguições, censuras, prisões e punições dos que eram julgados como
inimigos, invasões em casas começaram a fazer parte do dia a dia dos
brasileiros. Dessa maneira, foram as primeiras ocorrências de desaparecimentos
e de torturas executadas pelos militares. As mudanças na sociedade brasileira
continuaram e mais dois novos decretos foram instalados no decorrer do governo
de Castello Branco: o Ato Institucional N° 2 (AI-2) e o Ato Institucional N° 3
(AI-3), que resultaram ainda mais na consolidação desse regime.
O AI-2 foi decretado em 27
de outubro de 1965, ato em que definiu a eleição indireta para presidente da
República, desfez os partidos políticos, aumentou o sistema de castigo aos
opositores e suspendeu os direitos políticos de todos os cidadãos. Também se
estabeleceu a extinção dos partidos políticos e a oficialização do
bipartidarismo, que era formado por dois novos partidos. A Arena (Aliança
Renovadora Nacional) que era um partido filiado ao regime militar, e o MDB
(Movimento Democrático Brasileiro), que era a oposição do governo e a favor da
redemocratização, mas mesmo assim sofria com as imposições do regime.
No dia 5 de fevereiro de 1966, foi decretado o AI-3 que estabeleceu
eleição indireta para governador e vice-governador, e os prefeitos de todas as
capitais seriam recomendados pelos próprios governadores com apoio das
assembleias legislativas. Também outro acontecimento foi uma nova Constituição
que o governo de Castello Branco impôs para o país em janeiro de 1967, que
serviu para assegurar e legalizar o regime militar e suas maneiras de agir. O
Marechal Humberto Castello Branco permaneceu-se no posto até 1967, ao ser
substituído pelo general Artur da Costa e Silva em uma eleição indireta pelo
Congresso no 15 de março de 1967, dando continuidade a tortura aos opositores e
opressão à liberdade de expressão.
Costa e Silva [6]
Costa e Silva (1899 –
1969) foi eleito o segundo presidente do Brasil no decorrer do regime
militar, comandou de 1967 até março de 1969 e foi retirado da presidência
por complicações na saúde. Seu
governo foi marcado pelo grande número de manifestações de oposição, entre eles
tinha a União Nacional dos Estudantes (UNE) que foi um movimento estudantil que
teve uma participação fundamental durante o regime. Em 26 de junho de 1968,
organizaram uma marcha que ficou conhecida como a Passeata dos Cem Mil, onde
estudantes estavam reunidos por conta da morte do estudante Edson Luís. Foi
também neste tempo que os grupos políticos de esquerda formaram guerrilhas urbanas
e começaram a lutar contra os militares com armas, realizando assaltos à bancos
e sequestros, contribuindo para o endurecimento e aumento da repressão.
Em um contexto de muitas
manifestações da oposição, o governo
ampliou as medidas repressivas para combater os opositores. Em 13
de dezembro de 1968, é decretado o Ato Institucional N° 5 (AI-5) que é
considerado o ato mais duro, além de representar o fechamento do sistema
político e a implantação da ditadura por completo. O AI-5 reduziu radicalmente
a cidadania dos brasileiros liberando o crescimento da repressão, decretou o
fechamento do Congresso Nacional, censurou os meios de comunicação, prisões e
torturas de opositores tornou-se uma ação comum dos militares e também proibiu
as garantias dos habeas corpus para crimes contra a segurança nacional.
Com o afastamento de Costa e
Silva, uma junta militar composta pelos ministros Márcio de Souza e Mello,
Aurélio de Lira Tavares e Augusto Rademaker, evitaram a posse do vice que era o
civil Pedro Aleixo e assumiram a presidência de 31 de agosto até 30 de outubro
de 1969.
Junta Militar [7]
A junta militar escolheu o
general Emílio Garrastazu Médici (1905 – 1985) para assumir o cargo
presidencial, em 30 de outubro de 1969. Seu governo foi marcado por um elevado
nível de autoritarismo, classificado o mais rígido e violento do regime, é
muito conhecido como “anos de chumbo”.
Emílio Médici [8]
Uma forte repressão aos movimentos de esquerda, como exemplo os
movimentos estudantis e sindicais que eram os grandes alvos da
repressão. Com a intensa censura aos meios de comunicação, tudo acabava
sofrendo restrições. Muitos políticos, professores, jornalistas e artistas
também foram presos, torturados ou exilados do país. Mesmo assim as resistências
se formaram nas cidades e também no campo, a Ação Libertadora Nacional (ALN),
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e o Movimento Revolucionário 8 de
Outubro (MR-8) são exemplos dessas organizações guerrilheiras que eram formadas
por estudantes, operários e camponeses. A guerrilha rural no Araguaia ganhou
força, mas 1foi dizimada pelos militares nessa luta armada.
Na economia, houve um
crescimento acelerado ocasionado pela entrada do capital estrangeiro e
instalações de indústrias no país. Os Investimentos na infraestrutura e
empréstimos do exterior gerou um grande desenvolvimento industrial, aumentando
o consumo interno e milhões de empregos pelo país foram produzidos. Com todas
essas coisas o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu muito, dessa forma, essa
fase ficou conhecida como o “Milagre Econômico”. Entretanto, todo esse
crescimento fez que o governo recorresse a novos empréstimos para atender às
demandas, gerando uma elevada dívida externa que viria ser paga no futuro.
Diante disso, o “Milagre Econômico” deixou o país endividado e fez crescer as
desigualdades sociais, por conta da concentração da renda.
A estabilidade que o governo
de Médici alcançou permitiu que ele próprio escolhesse o seu sucessor. Em 15 de
março de 1974, Médici deixou a presidência da República para o general Ernesto
Geisel (1907 – 1996).
Ernesto
Geisel [9]
Foi no governo de Geisel que
começou a abertura política em direção a redemocratização. Ele adotou um
programa que deveria ocorrer de maneira “lenta, gradual e segura”. Assim, a
censura e a repressão reduziram, e a oposição na política começaram a ter mais
espaço. Nas eleições parlamentares 1974, foi concedida a propaganda política
e o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB) que era o partido opositor aos militares, conseguiu uma
expressiva vitória nas eleições gerais.
Os militares não satisfeitos
com o resultado, utilizaram a violência para perseguir e acusar militantes
comunistas de serem o causador da grande votação conseguida pelo MDB.
Consequentemente, o jornalista Vladimir Herzog é morto nos compartimentos do
DOI-CODI (Órgão subordinado ao Exército na época) em 1975, e o operário Manuel Fiel Filho encontra-se morto de forma
parecida no ano seguinte, resultando em manifestações contra o governo militar.
No dia 01 de janeiro de 1979, Geisel revoga com o AI-5, retoma o habeas corpus
e abre as portas para a redemocratização no Brasil.
Além de alguns momentos usar
os poderes ditatoriais, Ernesto Geisel sustentou o programa de abertura. Em 15
de março de 1979, foi escolhido o último general presidente, pondo fim no
período do regime militar que permaneceu por 21 anos. Para substituir Geisel, o
general João Batista Figueiredo (1918 – 1999) assumiu a presidência garantindo
manter à abertura política.
João Figueiredo [10]
Com o fim do mandato do
Presidente Geisel, intensas mudanças começaram no Brasil. Dentre eles, a
diminuição da censura, reorganização dos movimentos e a retirada dos cincos
Atos Institucionais. Quando o último presidente militar, Figueiredo assumiu,
concedeu a Lei da Anistia para os exilados e “perdoou” os crimes políticos dos
militares que envolviam torturas, deixando-os sem nenhum tipo de punição.
Em 1985, no ano do término
do mandato de Figueiredo, eclodiu o movimento das “Diretas Já” que exigiam a
convocação das eleições para presidente pela população brasileira. Tendo o fim
da Ditadura. Em 15 de Janeiro, Tancredo Neves foi escolhido pelo colégio
eleitoral, porém, morreu antes de assumir, ficando no lugar o seu vice, José
Sarney.
Intervenção Militar Já [11]
Nos dias de hoje, tem se
visto uma parcela da população brasileira pedindo a volta do militarismo no
país. Esses pedidos começaram a ser comuns nas manifestações que pediam o
Impeachment da Ex-presidente Dilma Rousseff em 2015. Todavia, tiveram mais atenção
quando um grupo invadiu a Câmara dos Deputados reivindicando a presença de um
general que implementasse a ditadura novamente.
Os componentes do grupo
pró-intervenção utilizam a justificativa de que, ser governado pelos militares
é o único jeito para acabar com a corrupção no Brasil. Sendo esta corrupção
“instalada” devido a democracia vigente. Afirmam ainda que pela incorporação do
regime são capazes de abrir mão dos direitos civis, morais e políticos,
sacrificando as liberdades individuais. Além disso, teriam a censura à
imprensa, perseguição a grupos políticos contrários ao governo e proibição de
se manifestar. Tudo em prol da “segurança nacional”.
Alguns usam a Constituição
de 1988, mais precisamente o Artigo 142, para argumentar a necessidade dessa intervenção,
a fim de que se tenham novamente a implementação da ordem e do progresso. Na
qual afirmam que, os militares possuem poder e suporte para interceder caso
precise. Bem como, a Ditadura de 1964 até 1985 ter sido “ótima” para o Brasil,
onde não se teve criminalidade e corrupção.
Outra justificativa dada
pelos intervencionistas é que existe uma ameaça comunista que desejar tomar o
controle do país, mesmo argumento utilizado no Golpe de 64 e nos dias de hoje,
sendo necessário os militares para que eles não cheguem ao poder. Além disso,
eles afirmam que na época da Ditadura o desemprego era baixo e obtiveram o
período do “milagre econômico” levando o Brasil a ter um PIB elevado.
A maioria das pessoas que
desejam a volta da intervenção militar estão entre os menos escolarizados, com
uma faixa etária de mais de 16 anos. Onde grande parte, se não toda, não
conhece e nem viveu essa época. Na qual pensa-se que ela é um período melhor do
que o vivenciado atualmente, não se atendo aos relatos de crueldade praticado
pelos militares na Ditadura Militar. Além disso, o artigo 142 da Constituição
Cidadã, afirma que os militares não possuem autoridade para implementar uma
intervenção, pois são subordinados ao Presidente da República, também sendo uma
ação inconstitucional.
Nos dias de hoje, tem se
visto uma parcela da população brasileira pedindo a volta do militarismo no
país. Esses pedidos começaram a ser comuns nas manifestações que pediam o
Impeachment da Ex-presidente Dilma Rousseff em 2015. Todavia, tiveram mais
atenção quando um grupo invadiu a Câmara dos Deputados reivindicando a presença
de um general que implementasse a ditadura novamente.
Os componentes do grupo
pró-intervenção utilizam a justificativa de que, ser governado pelos militares
é o único jeito para acabar com a corrupção no Brasil. Sendo esta corrupção
“instalada” devido a democracia vigente. Afirmam ainda que pela incorporação do
regime são capazes de abrir mão dos direitos civis, morais e políticos,
sacrificando as liberdades individuais. Além disso, teriam a censura à
imprensa, perseguição a grupos políticos contrários ao governo e proibição de
se manifestar. Tudo em prol da “segurança nacional”.
Alguns usam a Constituição
de 1988, mais precisamente o Artigo 142, para argumentar a necessidade dessa
intervenção, a fim de que se tenham novamente a implementação da ordem e do
progresso. Na qual afirmam que, os militares possuem poder e suporte para
interceder caso precise. Bem como, a Ditadura de 1964 até 1985 ter sido “ótima”
para o Brasil, onde não se teve criminalidade e corrupção.
Outra justificativa dada
pelos intervencionistas é que existe uma ameaça comunista que desejar tomar o
controle do país, mesmo argumento utilizado no Golpe de 64 e nos dias de hoje,
sendo necessário os militares para que eles não cheguem ao poder. Além disso,
eles afirmam que na época da Ditadura o desemprego era baixo e obtiveram o
período do “milagre econômico” levando o Brasil a ter um PIB elevado.
A maioria das pessoas que
desejam a volta da intervenção militar estão entre os menos escolarizados, com
uma faixa etária de mais de 16 anos. Onde grande parte, se não toda, não
conhece e nem viveu essa época. Na qual pensa-se que ela é um período melhor do
que o vivenciado atualmente, não se atendo aos relatos de crueldade praticado
pelos militares na Ditadura Militar. Além disso, o artigo 142 da Constituição
Cidadã, afirma que os militares não possuem autoridade para implementar uma
intervenção, pois são subordinados ao Presidente da República, também sendo uma
ação inconstitucional.
Charge – Ditadura Vs Democracia [12]
O que a volta de um regime
ditatorial causaria no Brasil no século XXI
A volta da ditadura causaria
a anulação democrática e censura do povo no Brasil. Haveria a privatização
de mídia juntamente com censuras, a proibição de liberdade de expressão e
manifestantes nas ruas reivindicando direitos não seria possível com o controle
ditatorial no poder, ou seja, seriam punidos os que fossem contra o sistema.
Não haveria mais o voto democrático, onde há a participação do povo nas
decisões do País.
Ainda mais se fosse um
regime militar, onde todas as escolas seriam regidas por militares que
implantariam ordem absoluta, os professores e alunos não podendo expressar
opiniões em sala de aula e tendo uma conduta de pensamento único. A intervenção
militar com a intenção de acabar com a violência e a criminalidade, invadiriam
as comunidades carentes e favelas causando mortes de inocentes que vivem na região.
No Brasil, a democracia se
encontra em um estado crítico, fato que agrava a violação dos direitos humanos,
tendo como consequência uma situação alarmante às várias classes sociais, em
especial, as dos negros, pobres, moradores da periferia, mulheres e
homossexuais. É possível compreender que tal fato se relaciona diretamente com
atos de racismo, misoginia e outras diversas formas de preconceito
social/racial, assim como, a baixa preocupação dos setores políticos em
solucionar tais casos.
Em mídia, é constante a
visibilidade do ódio em meio nacional como práticas de violência contra mulher,
falta de oportunidade para os pobres, homicídios determinados pela raça, e
também a falta de estrutura em penitenciárias que se encontram lotadas e em
estados que não permitem que seres habitem o local. Tais situações vão
diretamente contra os direitos humanos, prejudicando a ordem da sociedade
devido à má influência e disseminando ódio que pode acarretar medo nos grupos
que mais sofrem com essas violações.
Violação dos
direitos [13]
Nestes últimos anos tivemos
avanços grandes graças a sujeitos sociais que lutaram pelas pautas e por
políticas públicas e direito, entre eles estavam negros, jovens, mulheres,
sem-terra, povos da comunidade tradicionais, comunidade LGBT e etc. Na luta
tiveram um principal foco que era as forças Institucionais e contra eles
democraticamente estavam a desafiar através de manifestações públicas e entre
outros.
A própria democracia mais
pro lado norteador do Brasil está sendo a prova das ações que dão prioridade a
ética pública e moral privada, o que mostra no cotidiano, levando ao machismo,
racismo e fascismo. A descriminação está crescendo disparadamente temos
milhares de presos por querer impor suas ideias e por tentar lutar por suas
defesas, e nos países democráticos é muito comum acontecer a tortura e prender
apenas por motivos políticos e sem julgamento.
Além de tudo isso centenas
de pessoas que defendia os direitos humanos eles foram presos por participar do
(MCD) Movimento para a mudança Democrática, e por Participar das reuniões
pacíficas, eles todos eram membros do principal partido opositor.
O cenário atual do mundo não
condiz com o que está escrito nos papéis. A aprovação da criminalização das
manifestações populares pode ser considerada um retrocesso, que atinge
diretamente a liberdade de expressão e também é uma grande ameaça à democracia.
O Brasil vem passando um
momento crítico na sua democracia, a violação dos direitos humanos está
expressa no racismo, na violência, homofobia, pelo ódio de classe que são
posturas anti-igualitárias.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Portanto, a democracia e a
ditadura são muito diferentes em si, enquanto na democracia a população tem a
liberdade de escolha para o seu presidente através do voto, observa-se que a
ditadura é totalmente contrária e que a mesma traz consigo consequências
drásticas, como um passado sangrento, onde ocorre muitas torturas, censura e
mandatos de morte. Então, podemos ver que por mais que cheia de defeitos, a
democracia é o melhor regime político a se ter em um país, pois nela o cidadão
tem o direito a vida, liberdade de expressão, liberdade de impressa, de
religião e em alguns países ainda tem o respeito aos diretos humanos.
REFERÊNCIAS
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/regime-militar/
[9] http://www.caarapoonline.com.br/noticia/5107/ernesto-geisel-autorizou-execucoes-na-ditadura
[11] Http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/03/vitimas-da-ditadura-mostram-revolta-com-pedidos-de-intervencao-militar.html
[13] https://www.istockphoto.com/br/vetor/m%C3%A3os-rasgando-o-papel-de-desenho-gm871437868-145370981
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